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RESENHA CRITICA::O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: INTER-AÇÃO PELA LINGUAGEM E SUA SUBJETIVIDADE NO AMBIENTE VIRTUAL

Embora o advento da globalização provocou mudanças em termos econômicos, políticos e sociais que engendraram, ou seja, engrandeceram uma competitividade global, a qual demanda profissionais qualificados para lidar não só com a linguagem, mas também com as novas tecnologias, em um ambiente em constante mutação.Contudo, em relação à estrutura educacional do ensino a distância há grandes desafios a vencer, a saber: uma melhor estratégia de ensino para suprir as necessidades do aluno e encorajá-lo a participar das atividades propostas no ambiente virtual, além de uma formação que capacite o docente para lidar com as novas tecnologias e metodologias do ensino não presencial.

É importante destacar que segundo Moore & Kearsley (1996), há três gerações da EAD: a primeira geração, denominada geração textual em virtude do estudo por correspondência, corresponde ao período que vai até 1970; a segunda, conhecida como geração analógica, corresponde ao período de 1970 a 1985 e a terceira, que vai de 1985 até 1995, denominada geração digital, corresponde à EAD que surge como resultado do uso de redes de conferência por computador e estações de trabalho multimídia.

Pode-se ressaltar que a concepção da linguagem como atividade que medeia as relações entre a língua e seus usuários e, portanto, enquanto a ação, criou condições para o surgimento de uma lingüística de discurso, ou seja, uma lingüística que se ocupa das manifestações lingüísticas produzidas por indivíduos concretos em situações concretas, sob determinadas condições de produção – uma lingüística cujo objetivo é descrever e explicar a inter-ação humana por meio da linguagem, ou seja, a capacidade que tem o ser humano de interagir socialmente por meio da língua, das mais diversas formas e com os mais diversos propósitos e resultados.

Kerbrat-Orecchioni (1980) reforçou no texto a idéia segundo a qual o enunciador não utiliza muitos procedimentos para imprimir sua marca no enunciado, seja explicita, seja implicitamente. O locutor de um enunciado seleciona algumas unidades no estoque lexical e sintático, escolhendo entre dois tipos de formulações: o discurso objetivo – que procura apagar qualquer vestígio da existência de um enunciador individual – e o discurso subjetivo – no qual o enunciador se confessa explicitamente como sendo a fonte avaliadora da asserção.



Esta resenha critica elaborada por mim é destinada ao curso de Letras/ Português curso no qual faço pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A mesma foi solicitada pelo professor: Alan Jardel de Oliveira.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELLONI, M. P. Educação a distância.

Campinas: Autores Associados, 1999. BENVENISTE, E. Problemas de lingüística geral. São Paulo: Nacional, 1976. BRONCKART, J. P. Atividades de linguagem, textos e discursos. São Paulo: Editora da PUC, 1999. COULTHARD, M. An introduction to discourse analysis. Londres: Longman, 1977. CRESCITELLI, M. F. C. et al. Ensino de língua portuguesa via internet. In: BASTOS, N.M. (org.) Língua portuguesa: uma visão em mosaico. São Paulo: EDUC, 2002. KERBRAT-ORECCHIONI, C. L’énonciation. Paris: Armand Colin, 1980. KOCH, I. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2007. MARQUESI, S.C. Interação e subjetividade no ensino via internet. In: PRETTI, D. (org.) Dino Preti e seus temas: oralidade, literatura, mídia e ensino. São Paulo: Cortez, 2001, pp. 368-376. MOORE, M. & KEARSLEY. Distance education: a system view. New York: Wadsworth, 1996.
















Igor Santana Ribeiro

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