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Lessa avalia que chapão com Collor e Renan não é erro e que perdeu, em 2010, para poder econômico

Ex-governador afirma que perdeu eleições em 2010 para o poder econômico

Lessa diz que o PDT – partido comandado por ele – tem uma obrigação: apresentar uma boa chapa para disputar cadeiras da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas e para a Câmara de Deputados.

Claro, na disputa pela vaga de deputado federal estaria o próprio Ronaldo Lessa. O ex-pedetista tem conversado com vários partidos que – segundo ele – “estão no leque de alianças da esquerda alagoana”. Neste campo, Ronaldo Lessa incluiu os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor de Mello (PTB).

Ele acredita na possibilidade do peemedebista e do petebista marcharem juntos. Não é o que aponta os bastidores. Há uma avaliação de que seria uma soma de rejeição, repetindo um erro de 2010 e 2012, quando Ronaldo Lessa era o candidato majoritário disputando o Governo do Estado e – na sequência – a Prefeitura de Maceió (quando sequer conseguiu registrar sua candidatura).

Indaguei Lessa sobre esta análise de bastidores. Ele respondeu: “não tem grupo pesado nenhum. Eu acho que as eleições de 2010 e 2012 é que não podem ser comparadas com esta de agora. Em 2010, eu perdi a eleição para governador por conta do abuso do poder político e econômico no Estado de Alagoas. Todo mundo viu e o Tribunal Regional Eleitoral não viu porque não quis”.

Lessa ainda complementa no ataque ao Judiciário: “foi escandaloso o que ocorreu nas eleições em 2010. Foi desigual. E ainda assim foi um embate bem disputado. Se tivesse existido igualdade e Justiça eu acho que tinha ganho a eleição. Não ganhei a eleição porque o Tribunal não funcionou ou só funcionou para o lado de lá. Tanto que o que eu perdi aqui, ganhei no Tribunal Superior Eleitoral. Na eleição para prefeito, em 2012, a participação destas forças foram relativas. Eu não pude nem ser candidato”.

Para Ronaldo Lessa, não dá para fazer comparações. Ele acredita que agora o “chapão” pode funcionar, com um peemedebista encabeçando a disputa: o senador Renan Calheiros ou o deputado federal Renan Filho. Todavia, ele mesmo faz a ressalva: “agora, não significa dizer que estes partidos farão uma chapa só. Está muito distante ainda. Está longe para falar que é um bloco só e segundo não acredito que esta união seja o peso e a questão que tenha influenciado”.

Fiz ainda a seguinte pergunta a Ronaldo Lessa: “nos bastidores, é comum se afirmar que o senhor busca um mandato em função dos problemas com a Justiça. É uma crítica. Como o senhor a encara?”. Ele responde: “eu estou desde 2006 sem mandato. O que a Justiça pode modificar se eu tiver mandato? O que altera? Na prática, não altera nada. Se eu fosse trabalhar este raciocínio, faria isto antes, não me candidatando na majoritária, mas buscando proporcional. Eu não tenho porque me proteger. Eu não tenho rabo de palha. Não tenho medo de Justiça. Não tenho medo de polícia. Quem tem medo é bandido! Por isso comigo não tem esse problema. Vou ser candidato a deputado federal se for este o melhor projeto que atenda ao PDT e ao que for melhor para Alagoas. Não acredito que seja um mandato que possa mudar isso. Nós somos, inclusive, contra a essa história da prerrogativa para as pessoas se protegerem usando mandato. Eu trato a Justiça como tratei como governador. Na condição dela cumprir o papel dela. Lamentável é quando ela não faz justiça”.



Por Blog do Vilar

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